quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"MAR CAÓTICO E PASSOS SEM NENHUMA PRETENSÃO"


Depois de anos planejando milimetricamente cada passo, tomando muito cuidado para que tudo saía exatamente como o previsível, depois de anos rabiscando uma listinha intitulada “Prioridades”, caímos na real que não existe nada melhor na vida que viver um dia após o outro despido de qualquer coisa que remeta à um rascunho do que será do amanha.
Viver uma vida totalmente idealizada não tem o mesmo sabor que esperar a vida nos surpreender. Não digo isto com a intenção de fazer alguém entender que não nos devemos se preparar para o amanha, não muito pelo contrário é de extrema importância saber que caminho irá seguir, mas escolher o caminho e deixar que a vida nos encaminhe até ele é Bem melhor.
A rotina é uma das piores coisas para nós seres humanos, que vivemos aprisionados à ela o tempo todo, sem poder ao menos parar para pensar como seria o hoje se não houvesse o amanha.
E muitas das vezes as decepções que sofremos na vida são muito maiores e intensas, justamente porque esperamos mais do que devíamos de algo e/ou alguém que não tinha todo este crédito que imaginávamos ter.
Estou dando cada passo focada no presente, porém visando o futuro, mas despida de armas que me faça descrever o meu próximo passo. Estou deixando o hoje entrar na próxima página do meu livro do amanha, totalmente sem pretensão apenas fazendo muito mais do que esperando tudo que o incerto possa me trazer.
Se isso tudo faz sentido? Para mim posso dizer que pelo menos neste exato momento faz todo sentido do mundo. Já esperei muito de tudo que eu acreditava ser real, hoje apenas faço e espero de mim, pois sei até onde posso chegar.
Que as próximas ondas deste mar caótico chamado vida, venham, e arremessem em mim tudo que irá me guiar à águas mais tranqüilas. Que as próximas marés venham sobre mim, não sei o que esperar delas, mas de mim eu sei que posso esperar tudo.

sábado, 8 de janeiro de 2011

“SOBRE A ACENTUAÇÃO E COISAS INACABADAS”


Eu nunca deixo de colocar um ponto final em todo final de frase, em todo fechamento de conjunto de idéias de tudo que escrevo, e isso para mim representa muito mais do que uma regra gramatical, talvez isto seja para compensar tudo que fica em aberto em nossa vida.
Isso vai desde livros que nunca terminei de ler até projetos, idéias, trabalhos, momentos e histórias, coisas que nunca tiveram um ponto final declarado. E essas coisa acabam dando vazão para especulações feitas em nossa própria mente, ou seja para mim todo ponto final não ordenado se transforma em um grande ponto de interrogação, que fica pairando em nossa mente.
Me incomoda em muito deixar coisas em aberto em minha vida, mas confesso que já deixei diversas coisas sem seu devido ponto final. Não me condeno por isso pois sei que não sou a primeira e estou longe de ser a ultima a fazer isto, mas se eu posso e devo colocar um ponto, bem melhor assim, nem a gramática nem a minha consciência iram me condenar.
Sim pode até ser que certas coisas sejam apenas um momento, mas isso em muito me inquieta, pois desde sempre eu aprendi que tudo tem seu inicio, meio e fim. As vezes o politicamente correto me deixa louca, porque toda regra tem sua exceção, mas eu sou teimosa... continuo crendo no que me ensinaram desde sempre, então me mostre argumentos convincentes que me faça crer em você!
Ainda falando de inquietações, mais uma coisa que me deixa com os nervos a flor da pele é, saber sempre quando algo começa, mas nunca saber quando termina, e o pior nem é isto pois se tiver um meio na história para se contar tudo bem, mas quando acaba antes mesmo de começar... Por favor deixe- me pegar a caneta e colocar um ponto final em tudo isso.
Falando tudo que penso sobre regras gramaticais que nunca são aplicadas à vida e PONTO.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"O QUE É TUDO OU NADA PRA VOCÊ?"

Mais um ano se passou, e cá estou eu novamente fazendo o que mais preso nesta vida: sozinha curtindo os meus pensamentos (essas engrenagens que nunca param), sem deixar- me distrair pelos últimos fogos de artifícios que explodem no céu lá fora, posso até avistar pela janela, mais ainda assim prefiro ficar aqui dentro e deixar as minhas engrenagens trabalharem em paz.
Não sou do tipo que se chama por hipócrita, digo e insisto não há nada melhor do que ficar aqui dentro, estou despida de toda e qualquer mascara que me transforme em um outro alguém. Estou sendo eu mesma fazendo o que realmente me faz Me sentir bem, estou me confessando à mim mesma.
Minha mente é bombardeada de idéias e pensamentos (sãs ou não), assim como o céu lá fora a diferença é que aqui dentro este bombardeio dura bem mais que 20 minutos, uma vida inteira pode ser? Enfim tudo ou nada pode significar a mesma coisa quando não se sabe bem qual será a dos próximos 365 dias, digo isso porque não adianta, faça lista, agenda ou o raio que o parta nunca sairá perfeito. Hey caia na real tu não é o dono do mundo.
Aprendi que vamos ao infinito procurar o desconhecido sendo que temos tudo que precisamos bem aqui ao lado. TÁ; um pouco desta ganância nos alavanca a alcançar coisas, mas se a gente parasse para pensar apenas um minuto seria o suficiente para perceber: -“Eu sempre acho que preciso de tudo, mas tudo que necessito está aqui pois estou vivo não estou? Sempre quero tudo, mas nem me dou conta do evidente eu nem cuido do “Pouco” que tenho. É justamente por isso que o Tudo pode ser realmente tudo, ou ser reduzido a nada, e assim por diante.
Tenho sempre que avistar o horizonte, mas com os pés presos ao chão, tenho que sempre ver se o que quero é tudo que realmente devo ter, tenho que ter o dom de transformar o nada em tudo, e reduzir o tudo a nada, vai sempre depender do que é o Tudo e o nada pra você e pra mim.
Viajo dentro dessas minhas engrenagens... Pedindo a Deus que quando eu abra os olhos seja tudo real, mas caio na real tudo não passa de uma miragem. Me refugio em meu esconderijo que apenas eu tenho acesso, Área restrita para o resto do mundo, bata na porta antes de entrar tradução: me chacoalhe bem e de faça retornar ao “mundinho inferior”. Deixe- me encontrar- me dentro de minhas próprias palavras, encontre- se também se quiser, escrevo coisas unicamente para mim, escrevo coisas para ninguém, ou para alguém que esteja disposto a embarcar nesta viajem magnífica das engrenagens....
Posso dizer que isto é: TUDO OU NADA SOBRE MIM.