quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Anos e dias"

A vida passa num piscar de olhos, enquanto o vento bate na janela e o sol nos chama pra viver. Há dias que se vive por um ano inteiro, outros são apenas dias casuais que se somam a vida sem se perceber, mas nos trás a experiência de estar viver.
As pequeníssimas coisas da vida são as que realmente importam, pois o valor de viver e estar vivo se esconde por trás de um grão de mostarda, (Carinho, amor, afeto, gentileza, bondade e etc...). São pequenos gestos e ações bobas e rotineiras que nos fazem entender a que viemos ao mundo.
Há dias frios onde a única companhia que temos é o silencio e a escuridão, há manhas lindas que um simples beijo de bom dia ilumina toda a nossa vida. Na imensidão de todo o céu o que ilumina e da beleza são as estrelas que mal se pode enxergar, tão distantes da palma de nossas mãos, mas me faz olhar pro céu e agradecer por estar viva.
A vida vai, a vida vem, as vezes não da tempo de dizer adeus, uma vida inteira é pouca pra quem ama. Pessoas entram e pessoas saem, algumas saem pela porta dos fundos antes do raiar do dia, outras são trancafiadas para sempre no coração. Pessoas nos agregam valores, seja por um dia ou por uma vida toda elas tem o poder de marcar como uma tatuagem na pele.
A vida me ensina cada dia que passa à viver, dias bons me fazem sorrir, dias turbulentos me fazem crescer. Assim como uma árvore cresce e da seus frutos em seu tempo fértil nós também amadurecemos na mesma proporção, seja com os afagos ou com as pancadas da vida tudo aquilo que não me mata me faz crescer.
O melhor da vida é ver que os anos se passam e o que é bom e verdadeiro prevalece, o bom da vida é sentir a brisa de uma manha ensolarada e olhar pro céu só pra ver a lua e as estrelas darem seu espetáculo noturno mais uma vez. Nesse ano eu chorei, sorri, apanhei mas também bati, cai mas levantei mais forte, sofri mas fui muito mais feliz, eu amei, recebi amor, outra vez chorei, e por muitas mais vezes sorrir. Estou viva e estou aqui, Obrigada Deus por mais um ano de vida.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

“Homo sapiens”


Dias são curtos, noites podem ser infinitas, meu relógio pulsa aceleradamente eu tento correr atrás dos ponteiros para recuperar minutos mais acabo tropeçando nos segundos que atravessaram meu caminho. Este ritmo não para, sigo fielmente seu percurso, pois afinal de que me importa se amanha eu acordar e ver que a vida passou pela janela?
Sou o que o mundo faz de mim (um louco ambulante), fecho os olhos para o que importa dou ouvidos ao que me faz cair, sou o fruto desta selva de pedras e concreto, sou a imagem da globalização. O relógio da catedral toca me desperta da ociosidade momentânea, e me lembra de que o que eu faço no mundo não importa mas sim o que o mundo faz em mim.
A maratona continua, ela não pode parar. “- Se eu parar o mundo para?” – Não o mundo não pra te esperar. Então eu corro mais um pouco, até lá devo chegar, corro do mundo, corro para o mundo, corro até mesmo de quem faz meu mundo girar.
A fumaça dos carros e usinas são para mim como o aroma das flores do campo, o carro corre, o mundo corre pela minha janela, e eu corro do mundo para não fita-lo. O orvalho da manha me náusea, mas o barulho das buzinas não ferem meus tímpanos, eu curvo a cabeça e digo: -“Sim Sr” para quem me humilha, mas levanto o dedo na cara de quem me quer bem.
Eu estou aqui, mais não se preocupe já estou à caminho de lá, eu não me distraio com coisas fúteis como contemplar o céu, pois tenho muitos afazeres muitos planejamentos para concluir. Eu vivo de um lado para o outro sem perder os meus amigos (ponteiros) de vista.
Eu tenho uma inteligência fora de série, eu sou uma maquina ambulante, não tenho tempo para devaneios de amor, nem para afagos de amizade. Meu tempo é preciosismo, eu tenho horários e regras para seguir, não posso te dar um beijo de boa noite mas posso te dar um castelo feito em ouro. Eu posso comprar o luxo e o conforto (embora não tenha tempo para desfrutar deles), o meu cartão de credito vale muito mais que aquele de papel que os bastardos entregam no natal. Mas me desculpe não me dou ao luxo de parar, nem ao menos para estar com aqueles que me chamam de irmão e amigo... Resumindo eu não tenho tempo para você, mas de que isso importa? –Ah me desculpe acho que ainda não me apresentei formalmente: Sou o homo sapiens o mais racional de todos os seres viventes.