Ego Inflado e mãos Firmes

A auto- suficiência é algo que ronda os dias de muitos, e por diversas vezes tentamos nos convencer que a melhor companhia para uma mente confusa, e “Pés Tortos” (que ainda não sabem muito bem aonde ir) é a solidão de sua Auto- suficiência.
Andamos por aí cheios de soberba, tentando provar para todos que ousem cruzar à nossa frente, que somos totalmente capazes de atravessar a corda bamba, com os olhos vendados e ainda assim manter o equilíbrio sem vir ao chão.
Desta maneira vamos seguindo sempre destinados a nunca precisar de uma mão que nos segure firme quando estamos à beira do precipício.
Mas por que será passamos por tantos obstáculos sozinhos sem uma mão para nos guiar... É para adquirir auto confiança de si? Ou simplesmente para inflar o nosso ego, e satisfazer o nosso maldito orgulho?
As vezes queremos simplesmente nos expor de forma sintética diante de todos, mas quando a noite vem e todas as luzes se apagam é só você e sua auto- suficiência. Então não há mente confusa que resista, daí caímos na real que “Pés Tortos” necessitam de mãos firmes para direcionar qualquer jornada.
É preciso entender que não somos “Robozinhos” pré- destinados à enfrentar pistas de obstáculos sozinhos, (isto não é uma maratona).
E por mais que uma pessoa seja uma “Roxa humana”, todos precisamos de um braço forte para nos segurar a beira do precipício, e de mãos sensíveis prontas para nos acariciar quando estivermos precisando de colo.

"Com as pernas tremulas"

Se existe uma missão difícil nesta vida é aprender a dar os primeiros passos sozinhos. Sabendo que não haverá ninguém para lhe dar a mão para atravessar a rua. Nem tão pouco alguém para o segurarmos quando os freios de sua bicicleta faltar.
A sensação é: “Estou andando por cima de cacos de vidro...”
Afinal,é justamente quando nos deparamos com um quarto escuro pela primeira vez, é que descobrimos o quanto somos impotentes.
No entanto é muito fácil empurrar as cobertas em uma noite fria de inverno sabendo que alguém irá lhe cobrir, aconchegantemente, o dando um beijo de: “Durma com os anjos”.
“-Mas até quando vai ser assim?”
É de um jeito ou de outro somos obrigados a sair por aí andando com os próprios pés (ainda meio trêmulos), tropeçando em pedras pelo caminho, e dando com a cara em postes.
-“Por que simplesmente queremos nos desprender dos laços que nos guiam com tanto amor?”
- Não, por que devemos, a vida exige isto de cada um de nós imparcialmente.
Há quem diga que a solidão é o pior castigo para o ser humano. No entanto ele nos faz crescer e perder o medo do escuro. Pois quando nos deparamos com ela, sobe um cala-frio pela espinha, e um soluço preso na garganta (depois de tanto gritar até a voz faltar), olhamos para o lado e nos damos conta do provável: -“Estamos sozinhos nesta...”
E é justamente sob esta circunstancia que: quando nos encontramos à sós remoendo sentimentos que não querem calar. É que aprendemos que quando a noite caí e as luzes da cidade se apagam é a hora mais precisa para em algum lugar ou espaço daquela escuridão e silencio que encontrar nosso verdadeiro EU.
E é quando a escuridão não mais o amedronta, nem o causa dano algum. Muito pelo contrario, o silencio do vazio da solidão, em uma madrugada fria te atrai. Então nos deparamos com a triste e dura realidade: “É chegada a hora de partir”...

A Dimensão de Um “TIC-TAC”

É impressionante ver a velocidade com que os dias passam, e surpreendente a Dimensão que a vida leva com o passar do tempo. Tempo uma palavra muito simples, porém para cada pessoa representa um significado diferente.
Para alguns Tempo é sinônimo de Mudança e anda de mãos entrelaçadas com a Expêriencia –Evolução, fazendo assim com que este período (TEMPO), não seja simplesmente milhares de voltas no ponteiro do relógio de sua vida, e sim um período de aprendizado e constante mudanças, que o faz crescer e evoluir como ser humano.
Pena que nem todos sejam aliados do Tempo (conseqüência das mudanças), pois há pessoas que dão um STOP na melhor cena do filme só por Medo de que o final não seja o mais Feliz e esperado por você, porém o medo é covardia de viver.
Realmente seria ótimo voltar os ponteiros do relógio exatamente naqueles “melhores momentos” de nossas vidas, e reviver tudo novamente, e melhor que isso trazê-los para o presente momento.
Porém o passado não pode ser resgatado (Apenas eternizado em nossas mentes), e temos a árdua missão de fazer com que cada instante seja infinitamente melhor que o anterior, e disso tudo Crescer e o mais importante viver a vida de tal maneira que te faça Feliz.
-Ouso um som de TIC-TAC o relógio não para...

No Balanço das ondas

É sempre a mesma história, quando o mar está em calmaria lá vem a onda invadindo a beira da praia, e destruindo o nosso “castelinho de areia”, que demoramos horas para construir.Talvez isto nos sirva como um choque de realidade, para nos provar que tudo aquilo que construímos sem estrutura, fica vulnerável ao balanço das ondas, e uma hora ou outra virá ao chão, e não importa o tempo que levamos para construí-lo.
A vida vive nos pregando peças, quando o mar está em calmaria pode se esperar a onda. Ela vem de repente mudando tudo ao nosso redor, e daí meu amigo só fica o que é de concreto.
A vida não para pra nos perguntar o que queremos dela, somos nós que corremos atrás e provamos por A+B que é este o nosso caminho, e não importa quantas ondas cruze por ele, esta é a nossa escolha.
Todos os dias ondas atravessam o nosso caminho, algumas muito grandes outras nem tanto, enfim não importa o seu tamanho, pois cabe única e exclusivamente à nós provar que somos capazes de passar por elas sem dano algum.
Não dá para calcular o tamanho da próxima onda que está por vir, a única coisa a se fazer é se encher de forças para ser maior que ela, e provar para si mesmo e para quem mais quiser ver, que somos capazes de seguir o nosso caminho e partir a onda ao meio, para lá na frente encontrar um belo Sol juntamente à calmaria.
-“Eai preparado para partir a próxima onda ao meio?”